Algumas pessoas não sabem, mas 15 de Outubro é DIA
INTERNACIONAL DA SENSIBILIZAÇÃO À PERDA GESTACIONAL E NEONATAL. Data
criada há pouco tempo. O que significa? Por que cria-la? Era necessária?
Até este fato ocorrer comigo, realmente não costumava
pensar nele. E por isso, não sabia como agir diante de uma pessoa,
quando sabia que ela tinha passado pela experiência. Era uma situação
constrangedora para todos.
Ao estar do outro lado, descobri o quanto é importante
viver numa sociedade educada para lidar com acontecimentos assim. Pois,
quando a morte de um feto ou bebê é tabu e ninguém quer falar nem ouvir
sobre a dor dessa partida precoce, a solidão é um problema adicional ao
sofrimento que já se sente com a saudade.
Se nos permitirmos lembrar que esses tristes episódios
acontecem, refletir sobre eles, interessarmo-nos em ler a opinião de
quem os experimentou, saber quais são suas necessidades e como gostariam
de ser tratados, haverá muito mais acolhimento, auxiliando seu processo
de recuperação e reconstrução da vida.
Aderindo à campanha #compartilhesuasmemórias, recordo da
minha gravidez que durou 33 semanas de muito amor! Difícil escolher uma
memória dentre tantas que preenchem esse período. Mas vou mencionar um
momento que me deixava feliz e que se repetia várias vezes: despertar
pela manhã e imediatamente notar que o Igor já tinha acordado antes de
mim, pois sem que tivesse tempo de abrir os olhos já percebia que ele
estava dando cambalhotas, fazendo minha barriga tremer. Nunca haverá
jeito de acordar melhor do que esse! Um abraço especial às mães e pais
que se despediram de seus filhos.
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